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PEDRO MANUEL PACHECO JORGE BARREIROS, nasceu em Macau em 14 de Agosto de 1943.
Veio em criança para Lisboa onde, exceptuando algumas ausências mais ou menos longas, tem sempre vivido, estudado, pintado e trabalhado...
Formou-se em Medicina e fez a especialidade de Medicina Interna nos Hospitais Civis de Lisboa.
É hoje o responsável pelo Departamento de Medicina do Hospital da Força Aérea em Lisboa:
Enquanto estudante médico, trabalhou nas mais diversas actividades como forma de sustento:
- foi restaurador de quadros, guia-intérprete, agente de viagens e funcionário de Seguros.
Desde muito novo começou a desenhar e a pintar, tendo recebido alguma formação nestas artes com um Mestre pintor macaense, sendo do estilo chinês as suas primeiras obras. Em 1962/1963, numa estadia em Paris, aprendeu a restaurar quadros e, com isso, a conhecer melhor os materiais de pintura, dedicando-se, a partir de então, como auto-didacta, à pintura de estilo europeu, sempre como amador, “não alinhado” e nas horas livres...
Fez uma exposição individual na Galeria Paisagem no Porto, em 1974.
Participou posteriormente em exposições colectivas de Pintores de Macau e de Artistas médicos.
Sempre com a produção pictórica condicionada pelas suas restantes actividades, tem alguns quadros seus em colecções particulares em Portugal, França e Estados Unidos.
Foi desde muito novo um apaixonado da obra de Camillo Pessanha. O seu entusiasmo foi incentivado por sua mãe, D. Henriqueta Pacheco Jorge Barreiros, filha de José Vicente Jorge - sinólogo e amigo de Pessanha que assinou algumas obras em co-autoria com ele e o ajudou na tradução das “Elegias Chinesas”. Foi a sua mãe que “salvou” o poema “Branco e Vermelho” do esquecimento e, por seu intermédio o Dr. Bernardo Vidigal veio a publicá-lo no Oxford Book of Portuguese Verse.
Aos 16 anos desenhou o seu primeiro retrato de Camillo Pessanha: aos 17 fez a capa do Testamento de Camilo Pessanha, estudo assinado por seu Pai, Danilo Barreiros.
Ao longo da sua vida tem encontrado nos poemas de Pessanha a inspiração para grande parte dos seus desenhos e pinturas.
Lisboa, 25 de Fevereiro de 1990
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